Unidade CAL Glória
Espaço Sergio Britto
“Antes de a gente nascer, alguém, Deus talvez, vai lá e escreve como vai foder com a sua vida. Deus só lembra da gente quando precisa decidir como destruir a vida do homem. E quando Ele tá sem tempo? Aí faz guerra, furacão... e mata uma porrada de uma vez, sem ter que pensar muito”
Dessa vez, o ponto de partida foi um romance. À frente de um elenco de atores e atrizes formandos, o diretor Marcus Faustini embarcou em uma pesquisa cênica que envolveu a leitura do O matador, seminários para cada capítulo, exercícios de criação de cenas a partir da relação entre narração e ação física, se dedicando a um processo criativo que valorizasse a construção de personagens instigantes e representasse no palco o ritmo da trama.
A obra é um marco do thriller brasileiro. Com o livro. a escritora brasileira Patrícia Melo alcançou grande reconhecimento e uma célebre adaptação para o cinema.
O último espetáculo de formatura da temporada vai retratar no palco uma história que evolui em cenas rápidas, num ambiente urbano violento que mistura diversas referências – das manchetes jornalísticas, do cinema e do rap – e muito humor ácido.
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Com a palavra, o diretor
“Nossa adaptação teatral de O Matador, obra seminal de Patrícia Melo, oferece um mergulho visceral na psicologia de personagens marginalizados e na violência que permeia a sociedade brasileira.
A narrativa, centrada na ascensão e queda de Máiquel, um homem comum que se torna justiceiro e, depois, vítima de seu próprio destino, explora as contradições éticas e emocionais de suas escolhas. A linguagem cinematográfica do romance é transformada em cenas de intensidade, que transitam entre o realismo cru e momentos de introspecção profunda.
No teatro, a atmosfera urbana, opressiva e violenta do livro é traduzida em escolhas estéticas minimalistas focadas no trabalho dos atores e atrizes intensificando o impacto emocional.
Os diálogos diretos e o fluxo interno dos pensamentos de Máiquel são ferramentas para criar um espaço de reflexão sobre moralidade e o peso das decisões individuais em um ambiente social hostil. Assim, a peça se torna um convite ao público para repensar as raízes da violência e os dilemas humanos em contextos de desigualdade. (...)”
Marcus Faustini
Patrícia Melo
Rômulo Chindelar
Marcus Faustini
Soraya Bastos
Rose Gonçalves
Wilson Reiz
Fael di Roca
Adrye Battista
Marco Áureo
Giovanni Amaral
Nilson Sousa
Rita Ariani
Diogo Viana
Pablo henriques
Ingrid Ranieri
Marcia Quarti